A cabana - William Paul Young

A princípio, A Cabana pode parecer mais um livro religioso ou de autoajuda. Mas não é nada disso, a história nos mostra um caminho de superação do protagonista Mackenzie Allen Phillips (Mack). Amado por uns e odiado por outros, encontramos uma história de drama, mistério e autoconhecimento.

A história é narrada em terceira pessoa e conta a história de Mack que teve uma infância conturbada e que cresceu com várias marcas em seu coração e memória. Apesar de ter traumas por ter presenciado seu pai, que era alcoólatra, agradar sua mãe, Mack torna-se um homem de bom coração e constituiu sua família.

Até aqui, parece ser só mais uma história comum. Mas a narrativa tem uma reviravolta e nos deixa atónitos quando a filha de Mack desaparece quando eles estavam em uma viagem em uma reserva.

Durante a leitura sentimos a tensão, o medo e o desespero enquanto a investigação está acontecendo. Somos confrontados ao imaginar uma criança sendo agredida e violada por um serial killer. Sentimos a dor de Mack quando descobrem o vestido de Missy e manchas de sangue numa cabana abandonada. O corpo da menina não é encontrado.

A história continua quatro anos após o trágico evento na reserva. Em uma manhã, Mack recebe uma estranha correspondência em sua caixa de correio.

Aparentemente um bilhete escrito por Deus como um convite para o homem retornar para a cabana onde sua filha foi morta e ter um encontro com o seu passado. Mack aceita o convite e novamente somos transportados para a reserva, onde tudo aconteceu. Chegando lá, Mack tem um encontro com Deus, Jesus e o Espírito Santo.

A partir daí, de pouco a pouco, em contato com as entidades que encontra, ele aceita a morte de Missy e tem profundas reflexões e diálogos sobre o que é a fé, a dor, o perdão, a esperança, o amor e a redenção. Logo o vimos colocar um fim no ciclo doloroso.

“O perdão existe em primeiro lugar para aquele que perdoa, para libertá-lo de algo que vai destruí-lo, que vai acabar com sua alegria e capacidade de amar integral e abertamente.”

A leitura é fluida e envolvente, difícil não ser tocado. Em certos momentos, a leitura nos faz cerrar os dentes, noutros, nos arranca sorrisos e até lágrimas. A Cabana é um livro que nos coloca diante de muitas reflexões, nos enche de dúvidas e incertezas, nos faz parar por um momento e compreender que as coisas nem sempre sairão como queremos, mas nem por isso, serão ruins.

“A maioria de nós tem suas próprias tristezas, sonhos partidos e corações feridos, cada um viveu perdas únicas, nossa própria cabana.”

Ao ler o livro, percebemos que a esperança nunca pode morrer.

Para adquirir, clique aqui.

                -

William Paul Young nasceu em 1955 no Canadá, mas viveu a maior parte de sua infância na Nova Guiné.

A publicação de A Cabana foi feita de maneira curiosa. O livro foi originalmente escrito como forma de presentar um grupo de 15 amigos. Porém, graças às opiniões extremamente positivas, William P. decidiu publicar a obra. Ainda bem!