Alice no país das maravilhas - Lewis Carroll

A história de Alice não é segredo para ninguém. É um clássico com adaptação no cinema. Alice é uma menina esperta e inteligente está entediada e observa um coelho branco passar correndo na sua frente, sempre apressado e consultando um relógio de bolso.

Seguindo o coelho branco, Alice se depara com caminhos ilógicos e surreais escritos por Lewis Carroll em um país onde as coisas pouco fazem sentido - ou nenhum.

“- Que sensação estranha! - exclamou Alice -. Parece que estou encolhendo como uma luneta.”

Carroll escreveu de forma formidável e colocou Alice em um mundo de animais falantes, onde objetos ganham vida - consequentemente, nos colocou nesse mundo também, somos transportados para esse mundo de fantasia. Tudo é confuso, sem lógica e surreal e cabe a uma criança, a Alice, ser a voz da razão em meio ao caos. É uma obra que encanta.

“ — Quem… é… você?… — Inquiriu a Lagarta. Alice respondeu: — Eu… Neste momento, não sei dizer muito bem, Senhora. Sei quem eu era quando acordei hoje de manhã, mas creio que deva ter mudado várias vezes desde então.”

O País das Maravilhas é um lugar exótico, cheio de criaturas mágicas e malucas. Um Chapeleiro Maluco, uma rainha de Copas, um gato risonho... Durante a leitura, vamos acompanhar Alice em sua descoberta de um local encantado e viajamos em uma aventura incrível, repleta de magia.

Um lugar encantado, mas também perigoso. Uma rainha descontrolada, que basta uma contradição para que a ordem seja cortar a cabeça! Entretanto, é uma história fascinante que ensina muito sobre comportamento, forma de lidar com o mundo e com as pessoas, e que ainda mostra que toda escolha tem sua consequência.

"Se todos cuidassem das suas vidas, o mundo giraria muito mais rápido."

É um livro mágico e digno de ser lido em todas as idades.

“Poderia me dizer, por favor, que caminho eu devo seguir? - perguntou Alice.

- Depende muito aonde quer chegar - respondeu o Gato.

- Não me importa muito para onde irei... - disse Alice.

- Então, não importa em que direção vá... - atalhou o Gato."

É um livro para ler através da imaginação, a graça está em tudo aquilo que não tem sentido. No País das Maravilhas não existe ordem natural. Tudo o que no nosso mundo - o mundo 'original' de Alice - faz sentido e é considerado correto, no País das Maravilhas é tomado como um absurdo e vice-versa. No País das Maravilhas não tem explicações lógicas e isso torna a obra bem interessante.

Vale lembrar que as obras de Carroll não são apenas histórias infantis, muitas coisas estão nas entrelinhas do texto. Alguns trechos e personagens da obra podem ser comparados com a nossa realidade, como o Coelho Branco, que mais parece um burguês que só se preocupa com o tempo e se esquece do mundo a sua volta, ou ainda o Papagaio, que usa seu título como sinônimo de sabedoria absoluta.

- "Sou mais velho que você e devo saber mais".

É um livro atemporal e a leitura encanta.

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Lewis Carroll (1832–1898), inglês, era o pseudônimo do sacerdote quaker Charles Lutwidge Dodgson, que escreveu romances, poemas, contos e charadas. Alice no País das Maravilhas e Alice Através do Espelho são suas obras mais conhecidas.